A Bahia detém dez dos 15 setores beneficiados pelo Plano
Brasil Maior (PBM), do governo federal, que busca, até 2014, aumentar a
competitividade do setor industrial, estimular novos investimentos e
sustentar o crescimento econômico brasileiro, que este ano deve alcançar
4,5%. O programa atinge, no estado, os segmentos de confecções, couro e
calçados, têxtil, móveis, plásticos, material elétrico, call center,
tecnologia de informação e comunicação, automotivo e hotéis.
A expectativa do secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli, é
que estes setores, a exemplo dos calçadista e têxtil, retomem a sua
participação diante da concorrência com o produto importado, visto que
perdiam competitividade devido a questões cambiais e a desaceleração da
economia global no pós-crise. Exemplo disso é que em 2011 os setores
beneficiados e que estão presentes na pauta de exportações baianas
(calçados, plásticos, couro, confecções, móveis, automotivo, material
elétrico e têxtil) foram responsáveis por US$ 1,023 bilhão, o que
corresponde a 9,3% do total do estado no ano passado. Em 2008, esses
mesmos setores responderam por US$ 1,153 bilhão em vendas e 13,2% de
participação.
Estímulo à indústria
Na avaliação da Secretaria do Planejamento (Seplan), o pacote de
estímulos a 15 setores da indústria que usam mão de obra intensiva, cujo
montante alcança os R$ 60,4 bilhões, beneficia setores que estavam
perdendo competitividade.
Simultaneamente, para minimizar os efeitos da renúncia fiscal, a União
aumentou a contribuição de impostos de outros setores, como é o caso da
indústria de bebidas (cervejas e refrigerantes). Na próxima semana, a
Seplan concluirá os estudos que mensuram o impacto das medidas no
orçamento estadual, uma vez que haverá isenção em dois dos impostos que
são à base do Fundo de Participação dos Estados (FPE) - o Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto de Renda (IR).
Metas de inovação
Para alcançar as metas de inovação e adensamento produtivo do parque
industrial brasileiro até 2014, a maior parte dos R$ 60,4 bilhões -
cerca de R$ 45 bilhões -, foi repasse do Tesouro Nacional para o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco, que nos
últimos anos recebeu outros R$ 240 bilhões do Tesouro, deverá utilizar o
recurso para reduzir suas taxas de juros e oferecer empréstimos de
maior prazo. Além disso, as empresas dos 15 setores beneficiados
deixarão de contribuir à Previdência com 20% de sua folha de pagamento e
passarão a recolher uma taxa calculada sobre o faturamento, com
alíquotas de 1 a 2%.
Atualmente, o plano contempla os setores têxtil, confecções, calçados e
couro, móveis, plástico, material elétrico, autopeças, ônibus, naval,
aéreo, de bens de capital mecânica, hotelaria, tecnologia de informação e
comunicação, equipamentos para call center e design house (chips).
Desses, os segmentos de confecções, couro e calçados e a área da
tecnologia de informação e comunicação já eram beneficiados pelo Plano
Brasil Maior e tiveram as alíquotas novamente reduzidas.
FONTE: SECOM |
19 de abr. de 2012
Bahia possui dez setores beneficiados com pacote de estímulo à indústria
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário