2 de fev. de 2012


 


Vendas iniciam de forma modesta, mas deve acelerar a partir de abril, segundo levantamento da FIA e Câmara dos Dirigentes e Lojistas

Pesquisas de mercado começam a ser divulgadas e demonstram que o comércio brasileiro inicia o ano menos aquecido que em 2011. A Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a Felisoni Consultores Associados, fez um levantamento demonstrando que as vendas no país devem crescer apenas 3,2% no primeiro trimestre de 2012, comparadas ao mesmo período do ano passado.

O motivo, segundo especialistas, pode ser a inflação em alta e a cautela do consumidor na hora de ir às compras e a taxa de inadimplência, que deve chegar aos 7,8% nos primeiros três meses do ano.

Para o economista Nelson Barrizzelli, especialistas em varejo, a inflação pode impactar principalmente as compras diárias da população, que sentem mais fortemente o peso inflacionário nos pequenos reajustes. “Mesmo com o crescimento da renda do brasileiro, a inflação segura o consumidor na hora dele gastar”, diz.

Otimismo

A despeito dessa situação, o setor supermercadista está otimista. De acordo com levantamento feito pela Boa Vista Serviços em São Paulo, 35,3% dos empresários do setor estão confiantes de que as vendas este ano serão maiores que as de 2011. E apostam que esse cenário positivo comece a ser perceptível no fim do primeiro semestre.

Já o prognóstico da Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) é de que o crescimento do comércio durante 2012 chegue aos 5% em relação ao ano anterior. Se a projeção se confirmar, o varejo apresentará uma alta acima do PIB, previsto em 3% esse ano.

Pela avaliação da CNDL, o reajuste do salário mínimo é um dos motivos dessa alta, pois a tendência é a de que esse valor a mais na carteira dos consumidores seja gasto no comércio. Para a entidade, porém, esse movimento só será sentido a partir de março.

Algumas medidas do governo federal também devem auxiliar as vendas do varejo, como é o caso da redução do IPI desde 1º de dezembro para produtos como eletrodomésticos da linha branca (geladeira e fogões).

Outra entidade a apostar numa melhora das vendas no segundo semestre desse ano é a Fenabrave - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. A estimativa d é de que a venda de automóveis cresça 4,5%, em um resultado bem acima do apresentado em 2011 frente ao ano anterior, de 2,9%.

Barrizzelli aposta em crescimento expressivo de algumas categorias varejistas esse ano. Entre elas, o segmento de saúde (que cresceu 15% no ano passado em comparação com 2010) e o de bens duráveis. “O brasileiro ainda não saciou seus desejos com relação a ter ou trocar de carro, comprar ou reformar a casa e, com dinheiro no bolso, ele cuida da saúde”, afirma.

Portal HSM
24/01/2012

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