Por Joan Goodchild, da CSO (US)
Complexidade da TI foi apontada por cerca de 40% das empresas que
participaram do estudo da consultoria Kroll como principal causa da
falsificação de dados.
As fraudes custaram às empresas 2,1% dos ganhos nos últimos 12 meses,
o que em um ano equivale a uma semana de receita, de acordo com
pesquisa mundial anual sobre fraudes, realizada pela consultoria Kroll,
que envolveu mais de 1.220 executivos sêniores ao redor do mundo.
Essa pesquisa também traz dados positivos: o número de fraudes
diminuiu no último ano. Entre os entrevistados, 75% relataram algum tipo
de golpe, em contraste com os 88% em 2010.
Entretanto, as fraudes continuam sendo trabalhos internos e essa
prática tem aumentado, segundo o estudo. Os dados deste ano mostram que
60% dos casos foram cometidos por funcionários das empresas, contra 55%
na última pesquisa.
“É importante lembrar que esse número traz apenas os casos em que o
responsável foi descoberto”, afirmou o diretor sênior de Business
Intelligence e Investigações da Kroll, Richard Plansky. “Acho que é
justo dizer que a porcentagem é significativamente alta quando levamos
em conta todos os casos. Pelo que temos observado nos últimos anos, esse
número é um reflexo de uma economia que é cada vez mais baseada em
informação.”
No geral, a preocupação com fraudes subiu 15% entre os executivos em
todo o mundo, liderada pelo roubo de informações, corrupção e suborno.
Metade das empresas entrevistadas disse que tem vulnerabilidade média ou
alta ao roubo de informações, contra 38% em 2010.
A complexidade da TI é a principal causa da exposição crescente das
fraudes, citada por 36% dos entrevistados em comparação com 28% no ano
passado.
“Em comparação com dez anos atrás, cada vez mais o valor de uma
empresa passa de coisas tangíveis para ideias, e elas tendem a viver em
sistemas na forma de dados digitais”, declarou Plansky. “É aí que está o
valor das companhias e os funcionários têm acesso tremendo a essas
informações. Esse é um caso em que a tecnologia é verdadeiramente uma
faca de dois gumes. Esses maravilhosos e sofisticados sistemas de TI dão
fácil acesso a dados sensíveis a uma ampla gama de empregados. Isso é o
lado positivo e também o negativo”.
De fato, as empresas relataram maior incidência de roubo de
informações e dados eletrônicos, incluindo serviços financeiros (29%),
tecnologia de mídia e telecomunicações (29%), saúde, produtos
farmacêuticos e biotecnologia (22%) e serviços profissionais (23%).
Cerca de uma em cada quatro empresas reportaram ter sofrido roubos
físicos de caixa (ativos e inventários ou roubo de informações),
porcentagem menor que em 2010. Gestão de conflitos de interesse (21%); fraude de vendedor, fornecedor ou aquisição (20%) e fraude
financeira interna (19%), todos apresentaram aumentos notáveis em
relação ao ano passado. A incidência de corrupção e suborno quase
dobrou, passando de 10% para 19%.
Fonte: IDG Now em http://idgnow.uol.com.br/
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