Os investimentos realizados para o atendimento ao
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) devem retornar às
empresas como resultado das melhorias dos processos de negócios e também
pela eliminação dos erros contábeis e fiscais. Desde quando foi
instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o SPED vem
recebendo críticas e elogios, mas uma coisa é certa: ele é uma realidade
e se consolida como um dos mais avançados programas do mundo para a
informatização e automação da relação entre o Fisco e os contribuintes.
Nestes 40 anos em que atuamos no mercado de desenvolvimento de
soluções e serviços para a área administrativa e financeira,
presenciamos uma evolução acentuada dos processos de gestão. Mas, nada
se compara com a que foi impulsionada pelo SPED. Hoje, raramente
encontramos alguma empresa onde parte da documentação seja baseada em
papel, como era antes da escrituração digital, quando não havia muito
controle sobre o que era declarado pelos contribuintes. Por isso,
naquela época, as visitas da fiscalização, multas e, certamente,
sonegação de impostos eram muito comuns.
Com a modernização dos processos e automação da entrega das
informações contábeis e fiscais, as empresas ganharam em eficiência e
aquelas que se acostumaram a burlar o Fisco foram obrigadas a migrar
para um novo ambiente de gestão, o da eficiência e da legalidade fiscal.
Nestes 5 anos de SPED, os benefícios são inúmeros, a despeito dos
alegados altos investimentos que muitas empresas tiveram que ter, muitas
vezes, na verdade, para corrigir erros administrativos que impediam
atender à nova realidade. As empresas que já possuíam processos de
automação do controle contábil e fiscal foram as que menos tiveram
problemas para se adequarem e foram as que menos tiveram gastos extras.
Se o SPED vem se aperfeiçoando , as empresas também. É verdade que
ele ainda tem o que melhorar e quem o acompanhar será beneficiado. As
empresas de todos os segmentos terão que acompanhar a evolução do SPED
que é dividido em blocos, por assunto ou área de operação, para também
melhorarem seus mecanismos de administração. Ao buscarem adequar-se às
novas regras, as empresas estão fazendo um bem a si próprias e terão a
possibilidade de otimizar suas operações para isso.
A sua consolidação também está no mercado de software, que deverá
entregar sistemas de Gestão Fiscal ainda melhores. Mas, acreditamos que
somente as empresas com tecnologias mais avançadas sobreviverão ao
impacto do mercado.
Quanto ao mercado de software, acreditamos que somente será possível
existir soluções criativas para a combinação “demanda versus
atendimento” do SPED, uma vez que ainda seja possível notar nas empresas
várias dificuldades para que sejam cumpridas todas as exigências da
escrituração digital. Ao mesmo tempo em que buscam correr para atender
ao que pede o Fisco, as empresas lutam para adequar seus processos à
nova realidade. O mesmo acontece com os fornecedores de sistemas e
serviços, que são pressionados a entregar 'mais por menos', ou seja,
devem criar sistemas cada vez mais eficientes, avançados e atualizados,
mas, ao mesmo tempo, sofrem com a pressão do mercado por preços menores
em seus produtos e serviços. E é por isso que afirmamos que o mercado
passará por uma consolidação, se não por completo, mas bem avançada.
Neste 5 anos de SPED também notamos outros aspectos relevantes .
Desde o seu início, o programa público de escrituração digital pegou
muitas empresas – usuários e fornecedores – despreparadas para atender à
nova realidade. Somente as maiores empresas possuíam condições de
superar as dificuldades impostas porque já estavam informatizadas e
muito bem atendidas por aplicações de softwares especialistas de ponta.
Do lado dos fornecedores, somente os desenvolvedores de sistemas com
foco na gestão fiscal, como é o caso da Sispro, é que conseguiram
apresentar as atualizações e adequações compatíveis com o novo mercado. A
NF-e, que deu início a este processo de escrituração digital, e que
teve sua adoção iniciada em 2005, abriu uma estrada enorme para o
surgimento de pequenas empresas de software para atender ao mercado, que
precisou urgentemente emitir notas fiscais eletrônicas, mas não recebia
suporte imediato de seus fornecedores naquele momento.
Para 2012 esperamos aumentar o número de empresas utilizando serviços
de Outsourcing de SPED, um modelo que consiste na entrega de
consultoria, serviços e software. Isto porque a demanda ainda será alta e
as empresas não terão a capacidade de realizar todas as tarefas
relacionadas ao SPED sem apoio externo, de profissionais e empresas
altamente capacitadas para isso.
Sentimos que a nossa oferta já está consolidada porque ela oferece a
alternativa adequada para as empresas não disporem de grandes
investimentos neste processo do SPED. Como o Sispro SPED pode ser
integrado aos demais sistemas de gestão ERP, veem uma grande
oportunidade de negócios se apresentando para a nossa empresa em 2012,
que também irá completar 40 anos de existência e experiência na entrega
de serviços e tecnologia para administração e finanças.
Por Lourival Vieira
http://www.fiec.org.br/portalv2/sites/fiec-onlinev2/home.php?st=exibeConteudo&conteudo_id=51209
Nenhum comentário:
Postar um comentário